Kazuo Ishiguro é o Prêmio Nobel de Literatura 2017 - Veja a lista completa dos ganhadores

Nesta última quinta-feira (05/10), o escritor nipo-britânico Kazuo Ishiguro foi anunciado como o novo ganhador do Prêmio Nobel de Literatura de 2017. Autor de romances como Os Vestígios do dia, O Gigante Enterrado e Não me abandone jamais, este último adaptado para o cinema em 2010, tendo Carey Mulligan, Andrew Garfield e Keira Knightley nos papéis principais, sua obra aponta elementos de memória, tempo e desilusão. Ishiguro recebe o prêmio por 

"seus romances de grande força emocional, que revelaram o abismo sob nossa sensação ilusória de conexão com o mundo."

  A PREMIAÇÃO
Desde 1900, o prêmio Nobel é a maior premiação concedida à pessoas que fizeram contribuições relevantes à humanidade nas áreas de Física, Química, Fisiologia ou Medicina, Ciências Econômicas, Literatura e Paz. O prêmio foi instituído no testamento do sueco Alfred Nobel, químico inventor da dinamite, que deixou a maior parte de sua fortuna à premiação.
O anúncio dos ganhadores é feito até meados de novembro e a premiação ocorre em 10 de dezembro, data de nascimento de Alfred Nobel.
Em 2012, o valor da premiação do Nobel foi fixado em oito milhões de coroas suecas (1,260 milhão de dólares). O vencedor é agraciado também com uma medalha de ouro e um diploma.
A escolha cabe a quatro instituições. A Academia Real das Ciências da Suécia, entidade que promove pesquisas científicas, é responsável pelos prêmios de Física, Química e Economia. O Instituto Karolinska, uma grande universidade de Estocolmo, indica os ganhadores em Medicina. Academia Sueca de Letras escolhe o vencedor em Literatura. E o Comitê Nobel Norueguês, formado por pessoas indicadas pelo Parlamento daquele país, é quem entrega o prêmio da Paz.

OS GANHADORES DO NOBEL DE LITERATURA - 1901 - 2017
Sobre o Nobel da Literatura, abaixo listamos todos os ganhadores desde 1901 até o último ganhador,


2017 - O Gigante Enterrado, de Kazuo Ishiguro (nipo-britânico)
2016 - “Highway 61 Revisited” (música), de Bob Dylan (Minnesota, E.U.A)
2015 - A Guerra Não Tem Rosto de Mulher (1983), de Svetlana Alexijevich (Bielorrusia)
2014 – Uma Rua de Roma, de Patrick Modiano (França)
2013 – Fugitiva, de Alice Munro (Canadá)
2012 – As Rãs, de Mo Yan (China)
2011 – O Grande Enigma: 45 Haikus, de Tomas Tranströmer (Suécia)
2010 – A Guerra do Fim do Mundo, de Mario Vargas Llosa (Peru)
2009 – A Raposa Já Era o Caçador, de Herta Müller (Alemanha)
2008 – Refrão da fome, de Jean-Marie Gustave Le Clézio (França - Maurícia)
2007 – O Carnê Dourado, de Doris Lessing (Reino Unido)
2006 – O Livro Negro, de Orhan Pamuk (Turquia)
2005 – A Volta ao Lar, de Harold Pinter (Reino Unido)
2004 – A Pianista, de Elfriede Jelinek (Áustria)
2003 – A Ilha, de J. M. Coetzee (África do Sul)
2002 – Sem destino, de Imre Kertész (Hungria)
2001 – O Regresso, de Eva Perón, de V. S. Naipaul (Trinidad e Tobago)
2000 – A Montanha da Alma, de Gao Xingjian (China)
1999 – O Tambor de Lata, de Günter Grass (Alemanha)
1998 – O Evangelho Segundo Jesus Cristo, de José Saramago (Portugal)
1997 – Morte Acidental de um Anarqusista, de Dario Fo (Itália)
1996 – Paisagem com Grão de Areia, de Wisława Szymborska (Polônia)
1995 – Door into the Dark, de Seamus Heaney (Irlanda)
1994 – Uma Questão Pessoal, de Kenzaburo Oe (Japão)
1993 – Song of Solomon, de Toni Morrison (E.U.A)
1992 – Omeros, de Derek Walcott (Santa Lúcia – Caribe)
1991 – A Arma da Casa, de Nadine Gordimer (África do Sul)
1990 – O Labirinto da Solidão, de Octavio Paz (México)
1989 – La familia de Pascual Duarte, de Camilo José Cela (Espanha)
1988 – Miramar, de Naguib Mahfouz (Egito)
1987 – Menos que um, de Joseph Brodsky (União Soviética)
1986 – O Homem Morto, de Wole Soyinka (Nigéria)
1985 – O Bonde, de Claude Simon (França)
1984 – As Mãos de Vênus, de Jaroslav Seifert (República Tcheca)
1983 – O Senhor das Moscas, de William Golding (Reino Unido)
1982 - Cem Anos de Solidão, de Gabriel Garcia Márquez (Colômbia)
1981 – O Jogo Dos Olhos, de Elias Canetti (Bulgária)
1980 – A Mente Cativa, de Czesław Miłosz (Polônia)
1979 – Papéis abertos, de Odysséas Elýtis (Grécia)
1978 – Um jovem à procura do amor, de Isaac Bashevis Singer (Polônia)
1977 – Âmbito, de Vicente Aleixandre (Reino da Espanha)
1976 – Na corda bamba, de Saul Bellow (E.U.A)
1975 – Ossos de Sépia, de Eugenio Montale (Itália)
1974 – (2 ganhadores)
Vägen till Klockrike, de Harry Martinson (Suécia);
Några steg mot tystnaden, de Eyvind Johnson (Suécia)

1973 – Memoirs of Many in One, de Patrick White (Austrália)
1972 – Retrato de grupo com senhora, de Heinrich Böll (Alemanha Ocidental)
1971 – Crepusculário, de Pablo Neruda (Chile)
1970 – Um Dia na vida de Ivan Denisovich , de Alexander Soljenítsin (União Soviética)
1969 – Cascando, de Samuel Beckett (Irlanda)
1968 – O país das neves, de Yasunari Kawabata (Japão)
1967 – Homens de Milho, de Miguel Ángel Asturias (Guatemala)
1966 – (2 ganhadores)
Fahrt ins Staublose, de Nelly Sachs (Alemanha Ocidental – Suécia);
Mulheres Abandonadas, de Shmuel Yosef Agnon (Israel)

1965 – O Dom Silencioso, de Michail Sholokhov (União Soviética)
1964 – As Moscas, de Jean-Paul Sartre (França)
1963 – Translations, de Giórgos Seféris (Grécia)
1962 – Tempos Passados, de John Steinbeck (E.U.A)
1961 – O Pátio Maldito, de Ivo Andrić (Iugoslávia)
1960 – Habitarei o meu nome, de Saint-John Perse (França)
1959 – A vida não é um sonho, de Salvatore Quasimodo (Itália)
1958 – Doutor Jivago, de Boris Pasternak (União Soviética)
1957 – A Peste, de Albert Camus (França)
1956 – Espanhões de três mundos, de Juan Ramón Jiménez (Regime Franquista)
1955 – A Estação Atômica, de Halldór Laxness (Islândia)
1954 – Por quem os Sinos Dobram, de Ernest Hemingway (E.U.A)
1953 – A Segunda Guerra Mundial (6 volumes), de Winston Churchill (Reino Unido)
1952 – O Ninho de Víboras, de François Mauriac (França)
1951 – Peregrino em alto mar, de Pär Lagerkvist (Suécia)
1950 – Ensaios Céticos, de Bertrand Russell (Reino Unido)
1949 – O Som e a Fúria, de William Faulkner (E.U.A)
1948 – A Terra Devastada, de T. S. Eliot (E.U.A – Reino Unido)
1947 – Os Frutos da Terra, de André Gide (França)
1946 – O Lobo da Estepe, de Hermann Hesse (Alemanha)
1945 – Eu não sinto a Solidão, de Gabriela Mistral (Chile)
1944 – Madame d'Ora, de Johannes Vilhelm Jensen (Dinamarca)

1940 a 1943 – Não houve premiação em razão da II Guerra Mundial.

1939 – Hurskas kurjuus, de Frans Eemil Sillanpää (Finlândia)
1938 – Terra Abençoada, de Pearl S. Buck (E.U.A)
1937 – Os Thibault, de Roger Martin du Gard (França)
1936 – O Primeiro Homem, de Eugene O'Neill (E.U.A)

1935 – Não houve premiação.

1934 – Seis Personagens à Procura de um Autor, de Luigi Pirandello (Reino da Sardenha)
1933 – O amor de Mítia, de Ivan Bunin (União Soviética)
1932 – A Modern Comedy, de John Galsworthy (Reino Unido)
1931 – Flora och Pomona, de Erik Axel Karlfeldt (Suécia)
1930 – A Trilha do Falcão, de Sinclair Lewis (E.U.A)
1929 – A Montanha Mágica, de Thomas Mann (República da Wemiar)
1928 – Kristin Lavransdatter, de Sigrid Undset (Noruega)
1927 – Matière et mémoire, de Henri Bergson (França)
1926 – La madre, de Grazia Deledda (Reino da Sardenha)
1925 – Ensaios fabianos sobre o socialismo, de George Bernard Shaw (Irlanda)
1924 – A Terra Prometida, de Władysław Reymont (Polônia)
1923 – Os Cisnes Selvagens em Coole, de William Butler Yeats (Irlanda)
1922 – Cartas de Mulheres, de Jacinto Benavente (Espanha)
1921 – O crime de Silvestre Bonnard, de Anatole France (França)
1920 – Fome, de Knut Hamsun (Noruega)
1919 – Prometeu e Epimeteu, de Carl Spitteler (Suíça)

1918 – Não houve premiação.

1917 – (2 ganhadores)
Céu do Homem, de Henrik Pontoppidan (Dinamarca)
Minna, de Karl Adolph Gjellerup (Dinamarca)

1916 – Nya Dikter, de Verner von Heidenstam (Suécia)
1915 – O último julgamento de Louis de Berquin, de Romain Rolland (França)

1914 – Não houve premiação.

1913 – A Colheita, de Rabindranath Tagore (Índia)
1912 – Homens Solitários, de Gerhart Hauptmann (Alemanha)
1911 – Monna Vanna, de Maurice Maeterlinck (Bélgica)
1910 – Merlin, de Paul Johann Ludwig von Heyse (Império Alemão)
1909 – Gnomos e Homens, de Selma Lagerlöf (Suécia)
1908 – Die Lebensanschauungen der grosser Denker, de Rudolf Eucken (Império Alemão)
1907 – O Livro da Selva, de Rudyard Kipling (Reino Unido)
1906 – Odi barbare, de Giosuè Carducci (Reino da Sardenha)
1905 – Quo Vadis, de Henryk Sienkiewicz (Polônia)
1904 – (2 ganhadores)
Mireia, de Frédéric Mistral (França)
Santo ou Louco?, de José Echegaray (Espanha)

1903 – Hino Nacional da Noruega, de Bjørnstjerne Bjørnson (Noruega)
1902 – Direito Criminal de Roma, de Theodor Mommsen (Alemanha)


1901 – La Justice, de Sully Prudhomme (França)
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5 comentários:

  1. Muito bom post, vou maratonar kkkk, acabo de perceber q só li um.

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  2. Pois é, Doidos por séries e livros! A gente têm a falsa ilusão que os conhece... Eu também li pouquíssimos desta lista, mas sempre há tempo de começar esta maratona deliciosa, né? Obrigado!

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  3. Defini um projeto de ler uma obra, pelo menos, de cada um dos premiados Nobel da Literatura, no espaço total de 12 meses.
    Já tenho quase 90 lidos...

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Sérgio Calado, acho que todo mundo deveria fazer isso, sabe?! Dedicar uma leitura, entre tantas que fazemos ao mês, a um dos "Nobeis". Tem tanta história apaixonante ali que merece, precisa ser lida!!! Parabéns mesmo!!!!!!!!!!!!

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